Para salvaguardar os territrios portugueses, em 1881, a Sociedade de Geografia de Lisboa desenvolveu um projecto de ocupação territorial africana que unia os territórios correspondentes a Angola e Moçambique. Neste projecto, designado ''Mapa cor-de-rosa'' (figura ao lado), empenhou-se o governo do monarca D. Luís I e, mais tarde, do seu sucessor, D. Carlos I.
O insucesso do projecto colonial
O projecto foi levado à Conferêcia de Berlim, convocada pelo chanceler alemão Bismark, entre 1884 e 1885. Esta reuniu as peincipais potências industrializadas da Europa (Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica...). Argumentanto direitos históricos, Portugal não conseguiu levar avante a sua ideia por duas razões:
- Na Conferência havia sido estabelecido o direito de ocupação efectiva, isto é, os territórios pertenciam a quem os ocupasse e mantivesse neles ordem;
- Inglaterra pretendia construir uma linha-férrea que unisse o Cairo, no Egipto, ao Cabo, na África do Sul, ligando, dessa forma, o norte ao sul de África. Porém, esta linha passaria pelos territórios que Portugal pretendia unir.
As consequências: o Ultimato Britânico
Fruto da discordância dos projectos português e britânico, a 11 de Janeiro de 1890, Inglaterra fez um ultimato a Portugal: os portugueses deveriam retirar da zona de disputa, as forças expedicionárias, sob pena de, um barco atracado na zona de Vigo, descer a costa e atacar os territórios portugueses e, ainda, sob ameaça de corte diplomático.
D. Carlos, jovem e inexperiente (subira ao trono, há apenas dois meses), reuniu de imediato o Governo e o Conselho de Estado que, prudentemente, decide ceder às reivindicações inglesas, temendo um ataque e, consequentemente, uma perda de territórios substancial.
A reacção popular
Tornada pública a decisão de cedência às reivindicações inglesas, o descontentamento popular intesificou-se, quer contra Inglaterra, quer contra a monarquia. Cada vez mais se olhava para a República como única solução para o estado do país.
Surge, então, a primeira tentativa de implantação deste novo regime: a 31 de Janeiro de 1891, sargentos e soldados unem-se e tentam o derrube da monarquia. Porém, desorganizados e sem o apoio de oficiais e das camadas mais altas do Partido Republicano, o golpe fracassa.
Fonte:
ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 2ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
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