Porém, especialmente na indústria e nas obras-públicas, a dependência de capitais estrangeiros era bastante elevada.
No que toca à política fontista de obras-públicas, são exemplo, as vias ferroviárias, foram construídas à custa de capitais, brasileiros, franceses, espanhóis e ingleses, a instalação de telégrafos e telefones e as companhias de gás, água, transportes urbanos, seguros, entre outros, foram também finaciadas por capitais exteriores.
Em termos industriais, foram financiadas as indústria mineira, tabaqueira, metalúrgica e corticeira.
Mais uma vez, o governo regenerador mereceu as críticas dos contemporâneos, entre os quais Oliveira Martins e Bordalo Pinheiro, este último através das suas caricaturas humurísticas.
O país trabalhava, no fundo, em prol de estrangeiros. Assim, o governo regenerador vê-se perante mais problemas: o défice das finanças, provocado pela superioridade das despesas (obras públicas, expansão colonial, eduação...) em relação às receitas.
Resumindo: a nação gastava mais do que produzia.
SOLUÇÕES ENCONTRADAS
Perante a situação económica difícil, o governo toma algumas resoluções, como:
- Aumento dos impostos (esta solução não foi suficiente, dando origem a outras);
- Empréstimos ao estrangeiro (especialmente a Inglaterra, onde se encontrava o maior financiador do nosso Estado, o banco Baring & Brothers).
Fonte:
ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 3ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
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