Esta política de obras-públicas empreendida pelo ministroFontes Pereira de Melo, teve resultados positivos:
- Criou-se um mercado nacional único - pela primeira vez, em Portugal, foi possível pôr fim ao isolamento de algumas regiões que, até aí, eram abastecidas apenas pelos mercados locais (característicos do Antigo Regime). Assim, estradas e caminhos-de-ferro melhoraram a acessibilidade entre as zonas interiores e destas com o litoral, tornando possível o abastecimento de forma uniforme e o consumo de massas.
- Fomentaram-se actividades económicas - tal surgiu em consequência da criação do mercado único e das suas implicações. Assim, esperava-se que se libertasse mão-de-obra, capitais e outros recursos para a agricultura e a indústria.
- Alargaram-se as relações internacionais - através dos transportes (ferrovia, rodovia, etc) e das comunicações (telégrafo, telefone).
Cabeçalho do jornal ''O Século'', anunciando a chegada do telégrafo sem fios ao país e pequena notícia sobre o mesmo meio de comunicação, datados do início do século XX.
De facto, o político Júlio de Vilhena, afirmou:
''Antes de 1851, o país era uma charneca povoada de animais ferozes: Rodrigo caçou e domesticou os animais; Fontes arroteou a charneca e, fazendo-a ''terra nova'', promoveu a sua cultura. Rodrigo fez a paz; Fontes criou a riqueza.''
Nesta citação, o político refere-se a uma outra figura importante da Regeneração, Rodrigo da Fonseca e, também, a Fontes Pereira de Melo, que afirma ser o respondável pela melhoria da situação económica e cultural do país.
Fonte:
SARAIVA, José Hermano, CIDADE, Hernâni, História de Portugal - Implantação do Regime Liberal, 7º volume
ROSAS, Maria Monterroso, COUTO, Célia Pinto do, O Tempo da História, 3ª parte, 1ª edição, Porto, Porto Editora
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